Quais são os níveis de prevenção na medicina preventiva?

Do ponto de vista dos serviços de saúde, as ações de medicina preventiva podem ser divididas em três fases: primária, secundária e terciária.

Contudo, dentro dessas fases, é possível identificar cinco diferentes níveis de prevenção, de acordo com o tipo e o objetivo destas ações.

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Prevenção primária

A prevenção primária inclui ações voltadas a impedir a ocorrência das doenças antes que elas se desenvolvam no organismo dos pacientes.

Refere-se ao período pré-patogênico e diz respeito a ações sobre agentes patógenos e seus vetores. Subdivide-se em dois níveis: a promoção da saúde e a proteção específica.

Prevenção secundária

As ações de prevenção secundária ocorrem em situações nas quais o processo de doença já está instaurado.

A intenção é propiciar uma melhor evolução clínica para os indivíduos afetados, impedindo ou retardando a evolução das enfermidades através da execução de procedimentos diagnósticos e terapêuticos.

Além disso, as ações na fase secundária também têm como meta interromper ou reduzir a disseminação da doença em uma população específica. Esta fase também é dividida em dois níveis: Diagnóstico precoce e Limitação da incapacidade.

Prevenção terciária

Nesta fase, as ações preventivas ocorrem quando o quadro patológico já evoluiu a ponto de se manifestar de uma forma estável a longo prazo (cura com seqüelas ou cronificação).

Tais situações exigem cuidados preventivos específicos, para que as limitações impostas pela doença prejudiquem o mínimo possível a vida das pessoas, famílias e comunidades afetadas.

Em relação às condições crônicas, uma questão particularmente complicada é a manutenção da adesão do paciente às ações de cuidado de longo prazo.


Agora que você já tem uma visão mais ampla das três fases da medicina preventiva, vamos entender melhor os cinco níveis de prevenção e conferir alguns exemplos de ações práticas que se enquadram em cada definição:

1° nível: promoção da saúde

O primeiro dos níveis de prevenção engloba as ações destinadas a manter o bem-estar geral de uma população, sem visar a nenhuma doença em particular. São ações destinadas a manter a qualidade de vida de indivíduos, famílias e comunidades de modo a evitar o desenvolvimento de diversos processos patogênicos.

Exemplos: educação alimentar, incentivo à prática de atividades físicas, campanhas contra o uso de álcool e tabaco, etc.

2° nível: proteção específica

Este nível também se refere a ações que incidem no período pré-patogênico, antes da instalação da doença. A diferença é que elas são dirigidas ao combate de uma enfermidade específica ou um grupo de doenças em particular.

Exemplos: vacinação, exame pré-natal, quimioprofilaxia, eliminação de focos de vetores de doenças, fluoretação da água, distribuição de preservativos, adoção de medidas ergonômicas e ginástica laboral no ambiente de trabalho, etc.

3° nível: diagnóstico e tratamento precoce

As ações neste nível têm como objetivo detectar o mais rapidamente possível processos patogênicos já instalados, antes do aparecimento de sintomas. Dessa forma, é possível adotar medidas protetoras antes mesmo de um agravo em curso cruzar o horizonte clínico.

Embora o período pré-patogênico seja o melhor momento para a prevenção, o fato é que ações de prevenção primária geralmente demandam investimentos caros e retornos de longo prazo. Sendo assim, o terceiro e o quarto níveis de prevenção (que fazem parte da prevenção secundária) ganham um caráter estratégico, pois permitem focar em locais e pessoas mais suscetíveis.

Exemplos: exames periódicos de saúde (checkups), rastreamentos (screenings) para doenças infecto-contagiosas, auto-exame, intervenções médicas ou cirúrgicas precoces.

4° nível: limitação do dano

Este nível de prevenção envolve as medidas aplicadas nos casos em que o processo de adoecimento já está plenamente instalado. Apesar de terem menor impacto na população em geral, as ações neste nível são extremamente relevantes por limitar a extensão das lesões e retardar o aparecimento de complicações.

Dependendo do caso, o objetivo de tais ações deve ser a cura total ou com poucas sequelas, bem como a redução de complicações clínicas por meio de suportes terapêutcos nos casos de condições crônicas (como hipertensão, diabetes e certos distúrbios mentais) ou cronificadas (como a AIDS e algumas doenças autoimunes).

Exemplos: grupos de apoio a pacientes crônicos, telemonitoramento, acesso facilitado a serviços de saúde, tratamento médico ou cirúrgico adequados, hospitalização em função das necessidades

5° nível: reabilitação

O último dos níveis de prevenção se enquadra na fase terciária, com ações que buscam desenvolver o potencial residual do organismo após ser afetado pela doença. O objetivo é contribuir para que o indivíduo aprenda a conviver com sua condição de saúde e consiga levar uma vida útil e produtiva.

Exemplos: acompanhamento de complicações em pacientes diabéticos, reabilitação pós-infarto ou acidente vascular cerebral, terapia ocupacional, treinamento do deficiente, próteses e órteses.

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