Quedas causam quase 700 mil mortes por ano, saiba como prevenir e evitar prejuízos de todas as formas
As quedas são a segunda maior causa de mortes por lesões não-intencionais no mundo, ficam atrás somente dos acidentes de trânsito. Estima-se que causam quase 700 mil mortes por ano. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS). A maior parte das vítimas são idosos.
De acordo com a OMS, 37,3 milhões de quedas são graves o suficiente para necessitar de cuidados médicos todos os anos. São um problema de saúde pública e também para as operadoras de saúde. Além do risco de morte, diminuem consideravelmente a qualidade de vida dos idosos, um percentual cada vez maior na população brasileira e mundial. Segundo a OMS, até 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais aumentará no mundo de 900 milhões para 2 bilhões. O envelhecimento da população está acontecendo mais rápido. A França teve 150 anos para se adaptar ao crescimento do número de idosos na população, que passou de 10% para 20%. O Brasil terá um pouco mais de 20 anos para fazer as mesmas adaptações.
Quedas no Brasil
No Brasil, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia estima que há uma queda para um em cada três indivíduos com mais de 65 anos. E destas, uma entre 20 necessita de internação ou resulte em uma fratura. Outras consequências são a redução da capacidade funcional e das atividades da vida diária, declínio da capacidade cognitiva e hospitalização. Há também chances de ter de usar uma órtese, como uma bengala ou andador.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), de 30% a 40% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano. Estes acidentes não causam prejuízos apenas físicos, como também mentais e sociais. Não são poucos os casos em que a vítima perde a confiança em andar com segurança. Isto pode levar ao declínio funcional, depressão, baixa autoestima e isolamento social.
As quedas são mais comuns em idosos porque em parte do processo do envelhecimento, as pessoas perdem força muscular, equilíbrio e a flexibilidade. E ainda podem ter deficiências nutricionais, mobilidade reduzida, doença de Parkinson, demências, etc.
Fatores de Riscos
Os fatores de risco para quedas podem ser divididos em três categorias: individuais, externos e comportamentais. Nos individuais, estão inclusos: a idade, o sexo, condição clínica, histórico de quedas, medicação (como sedativos, ansiolíticos, etc), alteração do equilíbrio, déficit visual e declínio cognitivo. As mulheres têm maior predisposição a caírem devido à variação hormonal. Nos externos, podem envolver: iluminação inadequada, tapetes soltos, superfícies escorregadias, obstáculos, ausência de corrimão, entre outros. Nos comportamentais estão: sedentarismo, uso de bebida alcoólica e automedicação. Entre os idosos, as pessoas mais ativas e mais inativas são as que têm maior chance de ter uma queda. As primeiras é por se exporem mais. E as inativas, pela própria fragilidade.
Consequências das quedas em Idosos
Dificilmente, os idosos se recuperam 100% de uma queda e qualquer fratura é perigosa. Além de terem uma capacidade de recuperação menor, também precisam de mais tempo para se curar. Às vezes, precisam de fisioterapia para recuperar parte dos movimentos. E podem ficar mais dependentes da família.
Como parte do envelhecimento, as pessoas perdem um pouco de massa óssea, o que facilita fraturas. As de quadril e fêmur são perigosas devido ao tempo que os pacientes ficam imobilizados. Os idosos perdem musculatura, capacidade cardiorrespiratória, correm o risco de desenvolver uma pneumonia ou ter uma embolia pulmonar. Também podem desenvolver uma lesão por pressão (escara).
Um estudo do Consórcio sobre Saúde e Envelhecimento, em uma colaboração entre os Estados Unidos e a Europa, concluiu que uma fratura no quadril pode elevar o risco de morte, de 5 a 8 vezes, três meses após o acontecido. E a mortalidade pode continuar alta, quando comparado a pessoas da mesma faixa etária, até 10 anos depois para homens e 12 anos para mulheres.
Prevenção de Quedas
– A OMS recomenda a prática de exercícios físicos. Podem ser 150 minutos de atividade aeróbica moderada ou 75 de intensa por semana. É importante realizar exercícios que envolvam força e os focados em melhorar o equilíbrio. Uma dica são as aulas de Tai Chi Chuan.
– A casa do idoso deve ser adaptada. Pode-se instalar barras de apoio em banheiros, pisos antiderrapantes e melhorar a iluminação. Obstáculos, como tapetes e mesas baixas, devem ser removidos. Pode conferir uma lista de adaptações no site do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia .
– Redução ou retirada de drogas psicotrópicas.
– Após uma queda, o paciente pode usar alguns suplementos para reduzir o risco de uma lesão grave pós-queda, como osteoporose por exemplo.
Custos de hospitalização
As quedas têm dois tipos de custos: os diretos e os indiretos. Dentre os primeiros, estão as medicações, consultas com profissionais de saúde, tratamento e reabilitação. E o indireto pode ser perda de parte da renda familiar. Como muitas vezes é necessário que se tenha um cuidador, pode ser que um membro da família tenha que deixar o emprego para executar essa função ou contratar uma terceira pessoa. Entre 2000 e 2018, foram contabilizadas 1,48 milhão de hospitalizações por queda no Brasil. Nesses 18 anos, a média de gastos do governo em hospitais federais foi R$135,58 milhões, variando de R$112,89 milhões em 2000 até R$ 194,98 milhões em 2018. Os dados são do artigo “Internações e custos hospitalares por quedas em idosos brasileiros”, dos autores Filipe José da Silveira, Vinícius da Silva Lessa de Oliveira, Frederico Orlando Friedrich e João Paulo Heinzmann-Filho, publicado em 2020, na revista Scientia Medica.
Quedas e as operadoras de saúde
As quedas de idosos têm um alto custo para as operadoras de saúde. A prevenção é fundamental para que, caso aconteça, os danos sejam os menores possíveis. É importante orientar os pacientes para a adoção de um estilo de vida saudável.
O Previva é um software de medicina preventiva, cujo objetivo é aprimorar as práticas de gestão de pacientes crônicos e atenção primária, com soluções para reduzir custos.
Com a solução, é possível ver se o paciente já pediu exames de imagens de fraturas ou traumas anteriormente. Com essa informação, pode-se traçar planos e ações preventivas, uma vez que idosos que já caíram alguma vez, têm uma maior probabilidade de nova queda.
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