Por que o IMC não deve ser a única medida da Obesidade?

Nos próximos 12 anos, um pouco mais da metade da população mundial será obesa.
Os dados são da Atlas Mundial da Obesidade 2023, publicado recentemente pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation). Entre os adultos, a porcentagem deve chegar a 41% em 2035. Uma das formas mais utilizadas para medi-la é o Índice de Massa Corporal (IMC), mas não deve ser o único método utilizado para definir se alguém está acima do peso.

O Índice de Massa Corporal (IMC) pode fornecer uma indicação geral do estado de peso de uma pessoa em relação à sua altura. Embora o IMC não seja um indicador perfeito da saúde individual, ele é amplamente utilizado como uma ferramenta inicial de triagem para identificar possíveis problemas de peso e saúde. Confira como é classificação do IMC:

  • Abaixo do peso: IMC abaixo de 18,5
  • Peso saudável: IMC entre 18,5 e 24,9
  • Sobrepeso: IMC entre 25 e 29,9
  • Obesidade grau 1: IMC entre 30 e 34,9
  • Obesidade grau 2: IMC entre 35 e 39,9
  • Obesidade grau 3 (obesidade mórbida): IMC igual ou acima de 40

Uma das restrições do IMC é que o índice não leva em consideração se o peso está associado ao tecido muscular ou ao adiposo. Consequentemente, é possível que uma pessoa com uma considerável quantidade de massa muscular seja classificada como obesa caso seja avaliado apenas a relação entre peso e altura.

Outros métodos para medir gordura corporal

O IMC pode ser utilizado para o corpo, mas não deve ser a única medida. Existem várias formas de medir a gordura corporal. Algumas das mais comuns incluem:

Adipômetro: Este aparelho mede a espessura das dobras de pele em várias partes do corpo. Essas medidas são inseridas em equações específicas para estimar a gordura corporal total.

Análise de bioimpedância elétrica: através deste aparelho, uma corrente elétrica fraca é passada pelo do corpo para determinar a quantidade de água, massa magra e gordura,  permitindo estimar a composição corporal.

Absortometria de raio-x de dupla energia: este método utiliza raios X para medir a densidade óssea, massa muscular e gordura corporal.

Pletismografia: utiliza uma câmara especial para medir o deslocamento de ar quando uma pessoa entra na câmara, e consequentemente estimar a gordura corporal.

Problemas gerados pela obesidade

É extremamente importante fazer o acompanhamento de pacientes obesos. A obesidade, uma doença crônica multifatorial, tem crescido consideravelmente em todo mundo e deve continuar a aumentar, caso não seja adotada nenhuma medida. E entre os problemas causados estão as doenças associadas, que além de prejudicar a saúde dos pacientes, também têm custos para as operadoras de saúde. Entre elas, estão: hipertensão, diabetes e até mesmo o câncer.

Muitas destas doenças são mais comuns em obesos, como no caso da diabetes tipo 2. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a estimativa é que entre 60% a 90% dos portadores são obesos.

O excesso de peso também pode agravar a hipertensão arterial e torná-la mais difícil de controlar, aumentando o risco de complicações cardiovasculares. Isso ocorre porque a obesidade pode levar ao acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos, o que pode aumentar ainda mais a pressão arterial. De acordo com o estudo Framingham Heart Study, 78% dos casos de hipertensão nos homens e 65% nas mulheres podem ser ligados diretamente à obesidade.

E um outro dado que chama a atenção é quanto ao câncer. De acordo com a  Organização Mundial da Saúde (OMS), 13 em cada 100 casos no Brasil estão relacionados ao  sobrepeso e à obesidade. A inflamação crônica das células causada pela obesidade pode levar ao surgimento de certos cânceres.

Gordura no fígado tem uma maior prevalência em obesos

Um dos perigos da obesidade é a gordura visceral, é um tipo de gordura que se acumula na região abdominal, ao redor dos órgãos internos, como o fígado, o estômago e os intestinos. A presença excessiva de gordura nessa região pode ser prejudicial à saúde e está associada a diversos riscos e complicações, como doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, câncer colorretal, pressão alta e apneia do sono.

Além disso, também pode favorecer o desenvolvimento da resistência à insulina e está relacionada com baixa qualidade do sono e altos níveis do hormônio cortisol.

Uma reportagem publicada pelo Instituto Vencer o Câncer aponta que 30,45% dos brasileiros têm gordura no fígado. Mas ao se analisar as pessoas obesas ou com diabetes, este percentual chega a 50%.

A gordura no fígado, também conhecida como esteatose hepática, pode ser assintomática ou causar dor abdominal, fadiga, fraqueza. E pode levar a complicações graves, como a inflamação do fígado (esteato-hepatite) e a cicatrização do tecido hepático (cirrose). Essas complicações podem aumentar o risco de insuficiência hepática e câncer de fígado.

Conheça o Previva

Adotar programas de medicina preventiva é uma forma das operadoras de saúde reduzirem a incidência e melhorar o controle de doenças crônicas já existentes. E também cortar custos, evitando a progressão das doenças e futuras internações. Entre as possíveis ações a serem desenvolvidas estão: programas de incentivo à mudança de hábitos, como a prática de atividades físicas, alimentação saudável e grupos de apoio.

Para otimizar o gerenciamento destes programas, as operadoras de saúde devem automatizar seus processos via software de medicina preventiva Previva. Com o software, é possível traçar o perfil epidemiológico dos beneficiários, o que ajuda a criar programas personalizados que atendam às necessidades específicas de cada grupo, além de atender as demandas da RN 507.

O Previva pode gerar relatórios detalhados e manter um registro completo de cada paciente. Isto possibilita um acompanhamento mais eficiente do progresso individual, tornando mais fácil identificar eventuais problemas e realizar os ajustes necessários nos programas. Essa abordagem proporciona um monitoramento mais eficaz e personalizado, permitindo uma análise mais precisa do desenvolvimento de cada pessoa.

Saiba mais sobre como a tecnologia pode auxiliar nos programas de medicina preventiva.

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