Medicina preventiva: como promover a mudança de hábitos
Seguir uma dieta balanceada, começar a praticar atividades físicas, parar de fumar, etc… São inúmeros os exemplos de como a mudança de hábitos pode trazer benefícios à saúde.
Por isso mesmo, as operadoras de saúde devem organizar ações com o objetivo de ajudar seus beneficiários a abandonar hábitos nocivos.
A ideia é promover mudanças de comportamento e estilo de vida com o objetivo de prevenir doenças e melhorar a saúde geral das pessoas.
É importante lembrar que a maioria dos brasileiros não vê a mudança de hábitos como uma atitude necessária para manter uma vida saudável. Dessa forma, sua operadora deve apostar em programas mais assertivos de conscientização e promoção da saúde.
Por que a mudança de hábitos é importante?
Conscientizar o beneficiário sobre a importância da mudança de hábitos é fundamental para que ele tenha uma vida longa e saudável. Isso deve ficar bem claro nas campanhas e ações de comunicação da sua operadora.
Desenvolver hábitos de vida mais saudáveis pode iniciar mudanças permanentes na vida das pessoas.
Dependendo do nível de bem-estar de cada indivíduo, a adoção de novos padrões de comportamento pode não só reverter o aparecimento de doenças, mas também aumentar os níveis de energia e melhorar o humor no dia a dia.
Diversos estudos já comprovaram que comportamentos saudáveis influenciam na qualidade de vida de toda a população.
Por isso é tão importante ter um espaço na sua estratégia de medicina preventiva para incentivar a mudança de hábito dos seus beneficiários.
Que tipos de hábitos devem ser trabalhados?
Basicamente, tudo aquilo que se convencionou chamar de “males da vida moderna”.
Ou seja: horários de sono desregulados, alimentação descuidada, vida sedentária, excesso de trabalho e outros hábitos considerados normais em nossa sociedade, mas que cobram seu preço com o passar do tempo.
Na sua operadora, o ideal é fazer primeiro um levantamento do perfil epidemiológico dos seus beneficiários e tentar reunir informações sobre os hábitos mais críticos entre a população atendida.
A partir daí, os gestores de medicina preventiva devem ações específicas voltadas à conscientização e programas de promoção da saúde que possam servir como facilitadores para promover a mudança de hábitos.
Os principais hábitos trabalhados na medicina preventiva são os seguintes:
Hábitos alimentares
O primeiro passo é transmitir a noção de que os alimentos que ingerimos têm influência direta na saúde e na qualidade de vida de cada um.
E que, mesmo diante de uma vida agitada e com muitos compromissos, não vale a pena ficar vulnerável à doenças causadas pela má alimentação.
Se a sua operadora conseguir implantar algumas pequenas mudanças no dia a dia das pessoas, já estará dando um grande passo para o desenvolvimento de hábitos alimentares mais saudáveis entre seus beneficiários.
Práticas simples como diminuir a gordura no preparo de alimentos, evitar produtos ultraprocessados, consumir mais frutas, verduras e legumes, comer mais devagar e fazer no mínimo quatro refeições por dia são fundamentais para promover esta mudança de hábitos.
Outra atividade que funciona muito bem é proporcionar a interação de profissionais de nutrição com os participantes de um programa de reeducação alimentar. E, se a sua operadora tiver estrutura para isso, por que não organizar uma cozinha experimental para preparo de refeições saudáveis?
Estimular a vontade de cozinhar a própria comida é uma das formas mais eficazes de melhorar a qualidade da alimentação.
Também é essencial que os pais compreendam a importância de uma dieta balanceada para evitar que os filhos tenham problemas futuros devido a má alimentação.
Hábitos de atividade física
Manter-se fisicamente ativo é fundamental para manter um peso e uma composição corporal saudáveis, além de ajudar a manter a saúde dos músculos, ossos e articulações (bem como a saúde mental) com a evolução da idade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças relacionadas ao sedentarismo matam 300 mil pessoas por ano no Brasil, um país onde 51% das pessoas não se exercitam por “falta de tempo”.
Por recomendação da entidade, os adultos devem fazer 150 minutos por semana de exercícios moderados, que podem ser distribuídos em cinco vezes de 30 minutos por semana.
Sua operadora deve dar oportunidades para que seus beneficiários se engajem em diversos programas e ações pontuais envolvendo a prática de atividade física. Algumas medidas como palestras e atividades ao ar livre são eficazes para mostrar para a população ações que fazem a diferença.
Esse é o caso dos programas de combate ao sedentarismo, cuja finalidade é inserir o hábito da atividade física na vida dos participantes. Promover atividades ao ar livre, com interação entre pessoas e profissionais desperta o interesse e prazer pelo exercício.
É justamente a oferta constante de atividades que vai justificar o seu discurso nas palestras e materiais educativos, de que a falta de tempo “não é desculpa” para se manter sedentário.
Hábitos de ingestão de líquidos (de hidratação)
Parece algo simples, mas muita gente enfrenta problemas de saúde decorrentes de uma hidratação inadequada.
A água é um hidratante natural, responsável pelo funcionamento da maioria das reações químicas do organismo, além de transportar nutrientes e eliminar toxinas.
Por dia, cada pessoa precisa repor de dois a três litros de água que são perdidas nas atividades metabólicas básicas do seu organismo.
Por meio da ingestão de alimentos, só é possível repor em torno e um litro.
É por isso que todos precisam ingerir cerca de dois litros de água diariamente, como um hábito que precisa ser fixado.
Recomenda-se um mínimo 3 litros (14 copos) diários para homens e 2,2 litros (9 copos) para mulheres. Líquidos como refrigerantes ou sucos não são indicados para o consumo ao longo do dia.
Por isso, é sempre importante reforçar a importância deste hábito em ações de comunicação direta com o beneficiário e também dentro do conteúdo abordado em diversos programas de promoção da saúde.
Hábitos de sono
Uma boa noite de sono nos ajuda a equilibrar as funções hormonais, regular o apetite e fixar conhecimentos na nossa memória. Na verdade, a exata função do sono ainda é material de estudo para a ciência.
Mas é claro para os profissionais da saúde que a falta dele pode causar graves problemas.
A quantidade de sono na noite anterior vai influenciar não apenas o nível de energia da pessoa, mas também seus sentimentos de alerta mental e capacidade de manter um nível de peso saudável.
Por isso, tente informar seus beneficiários sobre os benefícios de um sono tranquilo e passar algumas orientações sobre como melhorar esse aspecto tão importante nas suas vidas.
Hábitos que influenciam o humor
Os humor de uma pessoa é capaz de influenciar o ambiente a sua volta, incluindo sua família e seus colegas de trabalho.
Dentro desses ambientes, o que as pessoas desejam é ser mais tolerantes, mais calmos e mais dispostos para seus afazeres diários.
Mas a correria e a competição do dia a dia acaba gerando uma resposta de sobrevivência que, apesar de ser benéfica no curto prazo, pode ser prejudicial ao longo do tempo.
Por isso, ajudar seus beneficiários a aprender a controlar o estresse pode ser uma estratégia muito eficaz no campo da medicina preventiva.
Ao praticar exercícios, por exemplo, acontece a produção de endorfina (hormônio responsável pela sensação de bem-estar) e serotonina (responsável pela sensação de bom humor e prazer).
Hábitos relacionados a vícios
Promover a mudança de hábitos relacionados a atividades físicas e alimentação pode ter seus desafios. Mas os comportamentos mais difíceis de mudar são sem dúvida aqueles ligados à vícios como cigarro e bebida.
Nesses casos, um bom jeito de conscientizar é mostrar o quanto esses vícios causam problemas, como estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que demonstram que os fumantes têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão do que os não-fumantes.
Veja neste artigo algumas ações práticas para trabalhar a prevenção e o tratamento de vícios dentro da medicina preventiva.
Apoio psicológico
Adoptar um estilo de vida mais saudável requer uma mudança fundamental em vários aspectos da vida. Por isso, é preciso apoiar o beneficiário para que ele possa se comprometer com as mudanças psicológicas e comportamentais necessárias.
O primeiro passo para isso é ajudá-lo a identificar seus hábitos atuais. Depois, com a contribuição de um psicólogo, acompanhá-lo e orientá-lo para que tome algumas medidas para substituir hábitos ruins por comportamentos mais positivos.
A mudança de hábitos é um processo em várias etapas. E às vezes pode demorar um pouco antes que as mudanças se tornem novos hábitos.
Mas, se houver persistência por parte do indivíduo e apoio por parte da operadora de saúde, com o tempo as mudanças podem se tornar parte da rotina diária dos beneficiários, contribuindo para melhorar sua saúde, nível de energia e bem-estar.
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