O que fazer para reduzir as mortes prematuras causadas por doenças crônicas?
Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, um levantamento inédito do Ministério da Saúde revelou um aumento na taxa de mortes prematuras no país causadas pelas principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).
Usando dados de 2016, o levantamento demonstrou também um aumento na mortalidade geral decorrente de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas. Mas o alerta maior foi para a faixa dos 30 aos 69 anos, quando a maioria das mortes desse tipo deveria ser evitável.
De acordo com o estudo, naquele ano as principais DCNT foram responsáveis por 354,8 mortes a cada 100 mil pessoas nessa faixa etária. Em 2015 essa proporção era de 350,7 mortes por 100 mil habitantes.
A mortalidade geral por DCNT também aumentou nesse período, subindo de 418,9 para 421 mortes por 100 mil habitantes entre 2015 e 2016.
O que mais preocupa os gestores de saúde é o fato de que desde o ano 2000 não se observava um aumento nas taxas de um ano para outro. Até a divulgação destes últimos números, os índices de mortalidade decorrentes de DCNT vinham apresentando queda durante anos seguidos.
Mas por que isso está acontecendo agora? Que efeitos isso pode trazer para o sistema de saúde? O que é preciso fazer para frear o avanço nas mortes prematuras por doenças crônicas?
As doenças crônicas no Brasil
De acordo com o estudo do Ministério da Saúde, 69% das mortes ocorridas no país em 2016 foram causadas por doenças crônicas não transmissíveis. É um índice superior à média mundial, de 63%.
Segundo os pesquisadores, o número de mortes já vinha crescendo há alguns anos, mas o crescimento populacional e as políticas de controle mantiveram a taxa de mortalidade prematura por doenças crônicas em queda.
O país inclusive vinha cumprindo uma meta de reduzir em 2% ao ano a mortalidade prematura por doenças crônicas.
Mas a realidade mudou.
Ouvida pela reportagem da Folha de São Paulo, a diretora do departamento de doenças não transmissíveis do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, disse que o aumento no número de casos se deveu principalmente ao crescimento na mortalidade por AVC e doenças isquêmicas do coração em pessoas mais jovens.
Veja os gráficos com dados da pesquisa:
Evolução da taxa de mortalidade prematura (população de 30 a 69 anos) por doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas, por 100 mil habitantes
Evolução da taxa de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis, na população geral (todas as idades)
Mais atenção aos fatores de risco
A pesquisadora do Ministério da Saúde alerta que o aumento no número de mortes prematuras ocorre ao mesmo tempo em que também surgem sinais de alerta no monitoramento dos fatores de risco para doenças crônicas.
Um deles é o baixo nível de atividade física na população. Entre 2011 e 2015, o número de pessoas que faziam ao menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada no tempo livre aumentou de 31,6% para 37,6%.
Nos últimos dois anos, contudo, o avanço refreou. Em 2017 esse índice não passou dos 37%.
Outro fator de risco é o baixo consumo de frutas e hortaliças, que vinha crescendo até 2015 mas recuou de 25,2% para 23,2% nos dois anos seguintes.
O custo do envelhecimento populacional
Diante desse quadro de regressão nos padrões de saúde da população, os gestores da área preveem uma nova onda de aumento de custos com o avanço das DCNT.
A nível global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 72% das mortes antes dos 60 anos de idade são hoje causadas por doenças crônicas.
Somente nos países de baixa e média renda, essas doenças geraram um custo de US$ 7 trilhões (cerca de R$ 27,3 trilhões) entre 2011 e 2015. Esse cálculo envolve tanto os custos de saúde quanto a perda da força de trabalho.
No Brasil, as doenças crônicas são responsáveis por 86% dos gastos com saúde. Estimativas sugerem que a queda de produtividade no trabalho e a diminuição da renda familiar resultantes de apenas três DCNTs — diabetes, doença do coração e acidente vascular cerebral — levaram a uma perda na economia brasileira de US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015.
Se levarmos em conta que o número de brasileiros com mais de 60 anos deve triplicar até 2030, o que temos diante de nós é um desafio enorme no sentido de reduzir o avanço dessas doenças entre a população e os casos de morte prematura.
Como prevenir mortes prematuras por doenças crônicas
Se você é gestor de saúde pública ou de uma operadora de saúde, já sabe que a medicina preventiva o único caminho sustentável para combater o avanço das doenças crônicas.
E sabe também que, diante do aumento nas mortes prematuras decorrente destas doenças, torna-se cada vez mais necessário promover hábitos saudáveis e incentivar exames preventivos para além do universo dos pacientes acima de 60 anos.
Desenvolver mais programas de prevenção e promoção da saúde e direcioná-los a um público mais amplo pode ser o caminho para reduzir a mortalidade em todas as faixas etárias.
E a melhor forma de avançar nessa área é contando com o apoio da tecnologia.
Certifique-se de que a sua operadora tenha um sistema especializado em medicina preventiva. Um software de gestão capaz de organizar todas essas ações, avaliar resultados e monitorar os principais indicadores de saúde em um grupo segmentado.
Para garantir a continuidade dos programas de medicina preventiva e o engajamento dos beneficiários é fundamental ter todas as rotinas bem organizadas e funcionando perfeitamente.
E isso é algo que só um sistema como o Previva pode oferecer.
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