Idade de rastreamento de câncer de mama cai nos Estados Unidos

O crescente número de casos de câncer de mama entre mulheres com menos de 50 anos tem feito autoridades americanas revisarem a periodicidade dos exames de rastreamento. Uma reportagem publicada na Folha de S.Paulo destaca o aumento no número de casos diagnosticados em mulheres com menos de 50 anos e que mulheres negras mais jovens têm uma taxa de mortalidade por câncer de mama duas vezes maior do que mulheres brancas da mesma faixa etária.

E por este motivo, a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA passou a recomendar que mulheres, com risco médio de câncer de mama, passem a fazer mamografias regularmente aos 40 anos, a cada dois anos, e não aos 50, como era
anteriormente recomendado.

Em 2009, esta força tarefa havia recomendado que a mamografia fosse feita regularmente após os 50 anos. Na época, a preocupação era de que a detecção precoce poderia acarretar mais prejuízos do que benefícios, ao serem realizadas intervenções desnecessárias em mulheres mais jovens, incluindo biópsias com resultados negativos.

A nova recomendação afeta mais de 20 milhões de americanas, com idades entre 40 e 49 anos. Entre os anos de 2000 e 2015, os diagnósticos de câncer de mama em mulheres na faixa dos 40 anos tiveram um aumento inferior a 1%. No entanto, a taxa de diagnóstico aumentou em média 2% ao ano entre 2015 e 2019, de acordo com informações
da força-tarefa.

Ainda não se sabe as razões para esse aumento. Integrantes da Sociedade Americana do Câncer chegaram a sugerir que o adiamento da gravidez ou não ter filhos pode estar contribuindo para o crescimento do número.

No entanto, é importante notar que as taxas de diagnóstico variam consideravelmente de ano para ano. Alguns pesquisadores sugerem que o aumento nos diagnósticos entre mulheres mais jovens pode ser simplesmente resultado de um aumento nos exames de rastreamento. No entanto, é importante levar em consideração que exames frequentes de rastreamento podem causar prejuízos, como a realização de biópsias desnecessárias, que geram ansiedade, e o tratamento de cânceres de crescimento lento que não representam risco de vida, conforme descoberto por pesquisadores.

Câncer de Mama Brasil

Entre todos os cânceres, o de mama é o tipo mais frequente e também a causa mais comum de morte por neoplasia que afeta as mulheres em todo o mundo. Nos países em desenvolvimento, a maioria das mortes causadas por esta neoplasia são de mulheres com menos de 70 anos.

Um quarto dos novos casos de câncer de mama em 2020 foram descobertos nas Américas. Na América Latina e no Caribe, 32% das mulheres afetadas pela doença tinham menos de 50 anos. Na América do Norte, a parcela é de 19%.

O Brasil também tem uma grande incidência de câncer de mama. Com exceção dos tumores de pele não melanoma, o de mama é o tipo de neoplasia mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. E no novo triênio (2023-2025) serão 73.610 casos novos previstos por ano. Isto representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres. Somente no sul do país, foram estimados 11.230 casos para 2023.

E também é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres em todas as regiões do Brasil (exceto na região Norte). A taxa de mortalidade no Sul e Sudeste, com 12,79 e 12,64 óbitos a cada 100.000 mulheres, superam a taxa de mortalidade por câncer de mama ajustada à população mundial (11,84 óbitos a cada 100.000 mulheres). Os dados comprados são os de 2020.

Rastreamento câncer de mama

O rastreamento do câncer de mama é uma estratégia importante para detectar a doença em estágios iniciais, quando as chances de tratamentos bem-sucedidos são maiores. As diretrizes para o rastreamento podem variar de acordo com o país e as recomendações de diferentes organizações de saúde. Mas todos estão de acordo que a detecção precoce do câncer é fundamental.

Estudos têm demonstrado que a mamografia é capaz de contribuir significativamente para a redução da mortalidade por câncer de mama, podendo chegar a 40%. Esses exames de imagem permitem a identificação de alterações suspeitas nas mamas, como nódulos ou microcalcificações, que podem indicar a presença de tumores malignos. Com a detecção, as chances de cura podem chegar a 95%.

No Brasil, conforme as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, a mamografia de rotina é recomendada para as mulheres de 50 a 69 anos uma vez a cada dois anos.

No entanto, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) adotam o protocolo da American Cancer Society e recomendam que a mamografia seja realizada anualmente, a partir dos 40 anos.

Essa recomendação tem sido respaldada por estudos e pela opinião de especialistas. Em reportagem publicada na Veja, uma especialista cita que as mulheres que mais se beneficiam com o rastreamento através da mamografia são justamente aquelas a partir dos 40 anos. Elas tendem a apresentar tumores mais agressivos e, quando diagnosticados precocemente, têm maiores chances de cura.

Previva

Incentivar a realização de exames periódicos é a melhor maneira de diagnosticar o câncer precocemente. Uma forma de se fazer isso é ao promover programas relacionados à prevenção de câncer de mama dentro da saúde suplementar.

Esses programas também podem incluir ações de monitoramento e acompanhamento das beneficiárias que já tiveram um diagnóstico de câncer de mama, com o objetivo de oferecer suporte contínuo, encaminhamento para tratamento especializado e acompanhamento pós-tratamento.

A plataforma de Medicina Preventiva Previva é uma excelente ferramenta para realizar toda gestão de programas de saúde da mulher. Através do software, seu time poderá realizar o rastreamento oncológico de forma automatizada, podendo inclusive personalizar os critérios de elegibilidade. Além de monitorar 100% da sua carteira de beneficiários em tempo real, a solução traz relatórios e dashboards para acompanhar também os indicadores e custos dos pacientes monitorados nos programas.

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