A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias de forma persistente. Essa pressão alta de forma constante pode exercer estresse adicional nos vasos sanguíneos e órgãos vitais, tornando-se um fator de risco significativo para diversas complicações de saúde.

A doença é uma condição de saúde extremamente prevalente em escala global, afetando milhões de pessoas em diferentes faixas etárias. Apenas no Brasil, estima-se que existam 50 milhões de hipertensos de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A hipertensão arterial desencadeia uma série de efeitos adversos nos vasos sanguíneos e órgãos vitais como o coração, cérebro e rins, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e doenças renais.

A hipertensão e a doença renal

A pressão arterial elevada exerce uma pressão excessiva nos vasos sanguíneos dos rins. Esse estresse constante pode levar à redução do fluxo sanguíneo para os rins, resultando em danos aos pequenos vasos sanguíneos e diminuição da eficácia da filtração. O acúmulo de danos ao longo do tempo pode levar a condições renais crônicas, como a nefropatia hipertensiva (lesão renal progressiva causada por hipertensão arterial mal controlada de longo prazo), comprometendo a função renal.

Os rins desempenham um papel vital na manutenção da homeostase do corpo, sendo responsáveis pela filtragem do sangue para remover resíduos e excesso de fluidos. Além disso, têm um papel essencial na regulação da pressão arterial. Quando os rins detectam uma elevação na pressão arterial, liberam uma enzima chamada renina, que desencadeia uma série de eventos para reduzir a pressão arterial, garantindo o equilíbrio adequado.

Desafios do cuidado com a hipertensão

Por ser uma doença silenciosa, a hipertensão muitas vezes é diagnosticada tardiamente. Outro fator que dificulta os cuidados, é que em muitos casos, o paciente deixa de conduzir o tratamento adequadamente porque não sente nenhum incômodo pela doença. Essa falta de cuidados é perigosa e pode ser fatal, visto que a doença pode causar danos graves e em muitos casos irreversíveis, como infarto, AVC e doença renal crônica

Embora a hipertensão não tenha cura, possui tratamento e pode ser controlada. Além dos medicamentos, é fundamental adotar um estilo de vida saudável, como manter uma alimentação adequada, fazer atividades físicas de forma regular e alterar hábitos relacionados ao fumo e à ingestão de álcool.

Além disso, muitas vezes, a falta de conscientização sobre os riscos da hipertensão pode atrasar a busca por cuidados médicos. A educação contínua e campanhas de conscientização são muito importantes para incentivar a precaução. Estratégias eficazes para o cuidado com a hipertensão devem abranger desde a prevenção e diagnóstico precoce até o suporte contínuo ao paciente, promovendo uma gestão bem-sucedida da condição.

Segundo a OMS, se os níveis de tratamento projetados para o país forem alcançados, serão evitadas 365 mil mortes pela doença até 2040.

Estratégias de prevenção

É importante destacar que uma abordagem proativa para cuidar da pressão arterial, não é apenas essencial para evitar complicações cardiovasculares, mas também desempenha um papel fundamental na preservação da função renal.

A conscientização é muito importante, pois ajuda na identificação precoce, no tratamento adequado e na prevenção de complicações associadas. Também é de grande valia contar com recursos extras voltados à saúde preventiva, assim como o software Previva. A ferramenta oferece suporte às operadoras de saúde, permitindo o gerenciamento eficiente de programas de Atenção Primária à Saúde. Ao traçar perfis individuais e personalizar programas, o Previva torna possível direcionar estratégias específicas para grupos de beneficiários, contribuindo significativamente para a prevenção de condições como a hipertensão e, consequentemente, protegendo a saúde renal.