Mais atividade física após os 60 anos reduz risco de doença cardiovascular

Para prevenir o AVC e uma série de doenças cardíacas, as pessoas acima dos 60 anos não devem reduzir seu ritmo de atividade física.

Na verdade, o mais recomendável é aumentar a frequência dos exercícios levando em consideração as limitações da idade.

É o que afirma um grupo de pesquisadores do departamento de Ciências Biomédicas da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, em um artigo publicado no final de 2019 pelo European Heart Journal.

Eles trabalharam com uma amostragem considerável: mais de 1,1 milhão de idosos entre os anos de 2009 e 2016.

Trata-se de um dos estudos mais amplos sobre o tema já realizados em todo o mundo.

atividade física após os 60 anos

Nível de atividade física deve ser mantido ou aumentado

Os pesquisadores sul-coreanos descobriram que as pessoas que reduziram a intensidade da prática de exercício à medida que envelheciam tinham um risco 27% maior de desenvolver problemas cardiovasculares.

Por outro lado, as pessoas que aumentaram seus níveis de atividade física após os 60 anos conseguiram reduzir esse risco em até 11%.

Diante desses resultados expressivos, a pesquisa comprova a relação entre os níveis de atividade física e o risco de doença cardiovascular em idosos.

Essa relação se mostrou verdadeira mesmo em indivíduos com deficiências e condições crônicas, como hipertensão, colesterol alto e diabetes tipo 2.

Entenda a metodologia da pesquisa

Os participantes foram submetidos a duas verificações de saúde consecutivas fornecidas pelo Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coréia (NIHS) de 2009 a 2010 e 2011 a 2012.

Em cada exame, eles responderam perguntas sobre a prática de atividade física e estilo de vida.

A partir dessas informações, os pesquisadores calcularam a quantidade de exercícios realizada por semana, classificando-os como moderados ou vigorosos.

Lembrando que um exercício moderado, para uma pessoa acima dos 60 anos, significa meia hora ou mais por dia de uma atividade como caminhada, dança ou jardinagem.

Já o exercício vigoroso envolve 20 minutos ou mais por dia de corrida, ciclismo rápido, exercícios aeróbicos ou outra atividade que aumente a frequência cardíaca.

Com esses dados em mãos, eles então verificaram o que mudou na rotina de cada pessoa nos dois anos entre os exames.

Os participantes foram acompanhados de janeiro de 2013 a dezembro de 2016, com coletas frequentes de dados sobre a ocorrência de doenças cardíacas ou acidentes vasculares.

A análise ainda foi ajustada para levar em conta fatores socioeconômicos, como idade, sexo, outras condições médicas ou de estilo de vida, como tabagismo e consumo de álcool.

Embora a amplitude da amostragem seja um ponto forte do estudo, os pesquisadores ressaltam que não podem ter certeza de que suas descobertas se aplicarão a outras populações devido a diferenças de etnia e estilo de vida.

Promovendo a atividade física após os 60 anos

Em uma entrevista para divulgar os resultados do estudo, o prof. Kyuwoong Kim, coordenador da pesquisa, disse:

“A mensagem mais importante desta pesquisa é que os idosos devem aumentar ou manter sua frequência de exercícios para prevenir doenças cardiovasculares.

Além disso, do ponto de vista clínico, os médicos devem prescrever a atividade física junto com outros tratamentos recomendados para pessoas com alto risco de doença cardiovascular.”

Considerando que o Brasil vem apresentando taxas cada vez maiores de envelhecimento populacional, esta é uma mensagem que precisa ser ouvida também pelos gestores de saúde no nosso país.

Embora muitos idosos achem difícil praticar atividade física regular à medida que envelhecem, é importante conscientizá-los de que manter-se ativo após os 60 anos é fundamental para a saúde cardiovascular.

É por isso que a sua operadora de saúde deve promover campanhas e informar os beneficiários idosos sobre os exercícios adequados para sua faixa etária.

E mais do que isso.

Deve dar condições para que essas pessoas possam pôr em prática as recomendações dos médicos.

Isso pode ser feito promovendo eventos ao ar livre (com ginástica, corridas e caminhadas em grupo) ou organizando programas de promoção da saúde que envolvam a prática regular de atividade física para idosos.

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