Saiba por que o índice de internação de idosos é maior na saúde suplementar
Com o gradual envelhecimento da população, a demanda por hospitalização de pessoas acima dos 60 anos vem crescendo a cada ano no Brasil, principalmente na saúde suplementar.
Mas o aumento nos índices de internação de idosos nem sempre vem acompanhado de um aumento na qualidade de vida dos pacientes, além de implicar em altos custos para as operadoras.
De qualquer forma, uma coisa é certa:
Racionalizar a necessidade de internações para pacientes idosos e não estendê-las além do necessário deve ser uma das maiores preocupações dos gestores de saúde nos próximos anos.
A medicina preventiva tem se mostrado uma ferramenta fundamental para atingir tais objetivos, combinando ações para reduzir o impacto de doenças crônicas nessa população com uma estratégia de desospitalização por meio de cuidados domiciliares.
Por que sua operadora deve reduzir as internações?
O excesso de internações de pessoas nessa faixa etária pode trazer graves consequências não apenas para o sistema de saúde, mas sobretudo para o bem-estar dos pacientes.
Quanto mais tempo uma pessoa permanece hospitalizada, mais ela tem chances de desenvolver alguma complicação, como a diminuição da capacidade funcional e o aumento de fragilidade de sua saúde de maneira geral.
E esse risco aumenta ainda mais quando as internações são repetidas e prolongadas.
Sendo assim, a internação de um paciente idoso deve ser indicada apenas quando não há outra alternativa para um manejo mais adequado.
O papel da multimorbidade na internação de idosos
Pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) publicaram recentemente um estudo na Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, que avaliou a associação entre a ocorrência de doenças crônicas de forma simultânea, o modelo de atenção básica e a posse de plano de saúde com a ocorrência de hospitalizações.
Realizado com uma base populacional de 1.593 idosos residentes na zona urbana do município de Bagé (RS), o estudo revelou que a multimorbidade gerou um aumento nas hospitalizações, principalmente as não cirúrgicas.
“As necessidades de saúde, principalmente expressas por doenças crônicas, são um dos principais determinantes da hospitalização em idosos. Com o rápido aumento – absoluto e relativo – do envelhecimento populacional, a prevalência de idosos com múltiplos problemas crônicos já alcança 60%. Assim, é crescente o interesse na avaliação multidimensional dos idosos e nas implicações que a multimorbidade desencadeia para organização e oferta de ações e serviços de saúde.” – trecho do estudo Hospitalização em idosos: associação com multimorbidade, atenção básica e plano de saúde
Os números comprovam: os planos de saúde internam mais
A pesquisa observou também que o índice de internação de idosos na saúde suplementar foi maior, independentemente da presença de múltiplas doenças.
Nas áreas onde não há estratégia de saúde da família, no ano de 2008, a prevalência de hospitalização em idosos com plano de saúde foi de 19,2% entre os com multimorbidade e 10,1% entre os sem multimorbidade. Já para os idosos sem planos de saúde, a prevalência de hospitalização foi de 18,6% entre os com multimorbidade e de 10,0% para os sem.
No mesmo ano, em áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família, os idosos com plano de saúde e multimorbidade representaram 26,6% e os sem multimorbidade, 20,6%. Entre os idosos com a ESF e sem plano de saúde, a prevalência foi de 15,5% entre os com multimorbidade e 7,6% para os sem multimorbidade.
Segundo os pesquisadores, a diferença entre as taxas de internação de idosos está diretamente relacionada ao acesso dos pacientes aos serviços de saúde e não ao programa de prevenção à saúde do sistema em que estão inseridos.
Dessa forma, os dados do trabalho contribuem não apenas para evidenciar a relevância das multimorbidade nas hospitalizações, mas também para orientar os gestores das operadoras na adoção de melhorias no atendimento ao paciente idoso.
Agora que você já sabe por que deve se preocupar com o aumento no índice de internação de idosos, recomendamos a leitura do e-book abaixo, que fala sobre um modelo para a implantação de programas de saúde voltados à terceira idade na sua operadora.
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