Por que sua operadora deve investir em alternativas à cirurgia bariátrica
Com mais de 100 mil procedimentos realizados em 2016, o que representa um aumento de 7,5% no número de casos em comparação com o ano anterior, o sistema de saúde brasileiro está em busca de alternativas à cirurgia bariátrica para o tratamento da obesidade.
E cada vez mais estudos indicam que a boa e velha combinação de atividade física e reeducação alimentar pode ser a chave para esta questão.
Em uma pesquisa publicada em fevereiro de 2017 no periódico “BMC Obesity”, a equipe liderada pelo médico Flavio Cadegiani demonstrou que 93% dos pacientes com indicação para a cirurgia de redução de estômago envolvidos no estudo conseguiram chegar a um peso saudável sem a necessidade da intervenção.
Tal resultado foi atingido com acompanhamento psicológico, atividade física e tratamento com remédios, com o monitoramento personalizado de cada caso.
Entre os 43 pacientes acompanhados pelos pesquisadores, 88,4% haviam perdido mais de 10% do peso corporal após dois anos, enquanto 74,4% perderam mais de 20%.
Cirurgia é para quem realmente precisa
Uma das observações feitas por Cadegiani na publicação, é que atualmente no Brasil não se seguem todas as recomendações das diversas sociedades médicas que se dedicam ao assunto, e muitas etapas deixam de ser cumpridas nesse processo.
Uma dessas recomendações é de que o paciente tente combater a obesidade com métodos clínicos e multidisciplinares por dois anos antes de ser indicado para uma redução de estômago.
Segundo o médico, o problema não é o procedimento em si, mas sim a “banalização da cirurgia bariátrica” que está ocorrendo.
Para os pacientes com real necessidade, a intervenção cirúrgica melhora consideravelmente os parâmetros metabólicos e reduz os riscos cardiovasculares e cancerígenos.
Mas, segundo o pesquisador, a combinação de tratamento farmacológico e mudança de hábitos pode ser a abordagem mais indicada na maioria dos casos.
O custo da cirurgia bariátrica para os planos de saúde
Para as operadoras de saúde, os custos que envolvem a cirurgia de redução de estômago são muito maiores do que os recursos investidos em uma abordagem voltada à medicina preventiva.
Além dos custos do procedimento em si, há ainda o risco de complicações pós-operatórias, seja de ordem psiquiátrica ou nutricional.
Decisões recentes do Poder Judiciário têm reforçado o entendimento de que pacientes que realizaram cirurgia bariátrica por um plano de saúde também têm o direito a realizar cirurgias plásticas reparadoras complementares, desde que comprovem a necessidade baseada em laudos médicos e psicológico
Para o presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge-PR/SC), Cadri Massuda, apesar de muitas operadoras adotarem certos protocolos para aprovar a realização da cirurgia, os pacientes estão cada vez mais recorrendo ao SUS ou a clínicas particulares para não precisar se submeter a este procedimento.
Em artigo de junho de 2016 ele já alertava para os casos em que a pessoa consegue realizar o procedimento pelo SUS e esse custo acaba voltando ao plano de saúde, que deverá ressarci-lo.
Segundo a presidente da Abramge, quem faz a cirurgia particular também acaba pedindo o reembolso, alegando que o médico operou porque havia necessidade.
Ofereça alternativas à cirurgia bariátrica
Além de oferecer as coberturas exigidas por lei para os pacientes que solicitam a redução de estômago, as operadoras de saúde também costumam promover programas pré-cirurgia, com o objetivo conscientizar o paciente e garantir o sucesso do tratamento.
Mas o principal objetivo de uma abordagem baseada na medicina preventiva é evitar que a situação do paciente chegue ao ponto de ser necessária a intervenção.
Por isso, é essencial oferecer ao paciente obeso alternativas à cirurgia bariátrica.
E a melhor maneira de fazer isso é organizando programas com característica multidisciplinar, incluindo a participação de psiquiatras, nutricionistas e assistentes sociais, além de encontros mensais em grupos de apoio.
Estas ações devem ser direcionadas e adaptadas a diferentes perfis de beneficiários, tentando atingir três objetivos:
- Prevenir o desenvolvimento de novos casos de obesidade
- Impedir o agravamento do quadro dos pacientes já obesos
- Efetivamente ajudar o paciente a reduzir sua massa corporal
Portanto, se sua operadora está preocupada com o crescimento no número de pessoas buscando a redução de estômago e deseja oferecer alternativas à cirurgia bariátrica, a melhor maneira é investir na medicina preventiva de forma a reduzir os casos de obesidade entre seus beneficiários.
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