Como a prática de atividades físicas interfere no resultado de programas de medicina preventiva

É cada vez maior o número de pessoas que começaram a realizar exercícios físicos com frequência em busca de mais qualidade de vida. Afinal, diversas pesquisas já comprovaram os benefícios de se exercitar.

Foi pensando nisso que os planos de saúde passaram a dar mais atenção ao tema, principalmente em suas ações de promoção da saúde. O estímulo à prática de atividades físicas pode inclusive interferir no resultado dos programas de medicina preventiva.

prática de atividades físicas

Para entender como a prática de exercícios é importante para o sucesso dessas ações, precisamos lembrar que as operadoras de saúde investem em medicina preventiva visando principalmente  dois objetivos: promover a qualidade de vida dos beneficiários e reduzir os custos assistenciais.

Uma coisa está diretamente ligada à outra.

A maior parte dos custos assistenciais das operadoras decorre de despesas com o tratamento de doenças crônicas em estado avançado, que geralmente requerem intervenções mais complexas (e caras), que incluem internações hospitalares, cirurgias e tratamentos intensivos.

Na ampla maioria dos casos, essas intervenções poderiam ser evitadas com medidas preventivas. Por meio delas é possível desacelerar o avanço de uma doença em pacientes crônicos ou mesmo impedir que ela se desenvolva em pessoas saudáveis. É o que podemos observar em uma ampla gama de doenças, do câncer ao diabetes tipo 2. 

E promover a prática de atividades físicas de forma regular é uma das principais formas de obter esses resultados.

A atividade física e a prevenção em diversos níveis

Sabemos que a medicina preventiva não trata somente de impedir que doenças novas surjam, mas também de evitar que a saúde do paciente piore. É o que chamamos de “níveis de prevenção“. Isso quer dizer que a prática de atividades físicas pode ser utilizada com sucesso tanto na prevenção primária quanto na prevenção secundária.

Na prevenção primária, além de evitar o surgimento de uma série de doenças, a prática de atividades físicas é fundamental para reverter os crescentes resultados nos índices de sedentarismo e obesidade entre a população brasileira.

Ao praticar exercícios físicos regulares, a pessoa consegue reduzir a quantidade de gordura no corpo e aumentar sua massa muscular, dois fatores extremamente benéficos para impedir o desenvolvimento de doenças como câncer, hipertensão, osteoporose e diabetes.

Praticando atividade física nossa função cardiorrespiratória também melhora, melhorando a captação de oxigênio pelas células e auxiliando na melhora da qualidade de vida. Isso sem contar na melhora da autoestima e do bem-estar causado pela liberação de endorfina e serotonina pelo exercício. Ou seja: a prática de atividades físicas traz benefícios até mesmo para a saúde mental.

Na prevenção secundária, quando abordamos pacientes que já apresentam alguma doença em estado inicial, o exercício por si só é um elemento de proteção ao organismo. Entre outras coisas, ele combate o estado pré-inflamatório causado pela obesidade e estimula a captação de glicose para o controle da glicemia sanguínea.

Por exemplo, se uma pessoa é diagnosticada com hipertensão, ela precisa controlar a sua pressão para impedir que um agravamento do quadro clínico, como um infarto. Nesses casos, indicar a prática de atividades físicas com supervisão e regularidade pode auxiliar nessa tarefa.

Outro exemplo é o caso dos pacientes com dores crônicas na coluna, um mal que atinge aproximadamente 27 milhões de brasileiros. Além de prejudicar a qualidade de vida dessas pessoas, a dor na coluna traz prejuízos para as empresas na forma de absenteísmo e afastamento do trabalho.

A prática de atividades físicas, feita de forma regular e sob orientação médica, pode ajudar a reduzir estes prejuízos. Medidas simples como caminhadas leves de duas a três vezes por semana conseguem retardar e até mesmo proteger o paciente de complicações futuras.

Como promover a prática de atividades físicas

As estratégias de promoção da atividade física devem ser adaptadas para aumentar a confiança das pessoas em participar delas, motivar as pessoas a serem mais ativas, educá-las sobre os benefícios da atividade física e saúde e reduzir os obstáculos tanto para homens e mulheres, observando sempre os exercícios mais indicados de acordo com a faixa etária.

Para promover o exercício físico entre os beneficiários, os planos de saúde podem preparar palestras em empresas, conscientizar a comunidade e até mesmo disponibilizar um profissional de Educação Física em locais de prática de esportes para que as pessoas possam tirar dúvidas e dar sugestões.

Atitudes como essas despertam a curiosidade e a vontade de todos e se tornam menos custosas do que eventualmente tratar algum tipo de doença.

Estimular a prática de atividade físicas é e sempre será uma ação válida, que traz diversos benefícios tanto para as empresas quanto para o público. Todas as medidas que tiverem o objetivo de promover qualidade de vida terão interferência direta no resultado dos programas de medicina preventiva, seja na parte financeira ou na parte social.

Para ajudar sua operadora a inserir a prática de atividades físicas nos programas de medicina preventiva, indicamos a leitura do artigo abaixo. Nele, falamos sobre os exercícios mais indicados para portadores de diversas doenças crônicas. Confira:

http://previva.com.br/atividade-fisica-para-pacientes-cronicos/

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