Gastos com diabetes no Brasil devem duplicar na próxima década
Uma pesquisa internacional sobre os gastos com diabetes ao redor do mundo identificou o Brasil como um dos países que mais perdem com o avanço desta doença.
Segundo o estudo da universidade britânica King’s College, quando se fala em diabetes tipo 2, o país apresenta um dos custos mais elevados do mundo em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
E a tendência é que esse custo aumente cada vez mais!
Na projeção dos pesquisadores britânicos, os gastos com diabetes no Brasil devem dobrar em pouco mais de dez anos.
Confira os números:
- Em 2015, o Brasil gastou US$ 57,7 bilhões com o tratamento de pacientes diabéticos.
- Até 2030, a previsão é de que essas despesas possam chegar a US$ 97 bilhões, nas estimativas mais conservadoras, ou então a US$ 123 bilhões no pior dos cenários projetados pelo estudo europeu.
A pesquisa do King’s College levantou dados de 180 países e levou em conta tanto as despesas médicas quanto os impactos do diabetes na economia, incluindo a perda de produtividade de trabalhadores e mortes prematuras.
No Brasil, as estimativas apontam que entre 7% e 10% da população pode ser diabética – boa parte ainda não diagnosticada. Segundo o estudo, em 2030 essa porcentagem pode chegar a 14% no pior dos cenários.
Os prejuízos causados pelo diabetes
O diabetes impõe um grande peso econômico não apenas aos sistemas de saúde, mas também aos indivíduos e à sociedade em geral.
Com relação aos prejuízos para a saúde do indivíduo, o diabetes pode causar cegueira, falência renal, problemas cardíacos, derrames e amputações. Além dos custos médicos, existem ainda as despesas indiretas, como perda de produtividade e absenteísmo.
Ao aumentar a incidência e a gravidade de outras doenças, o diabetes aumenta as chances de hospitalização dos pacientes e o uso de terapias mais agressivas. Um exemplo é a relação direta que existe entre o diabetes e a hipertensão.
Além de fazer crescer a demanda por serviços de saúde, o avanço do diabetes também gera perda de produtividade para a economia como um todo, com a elevação do absenteísmo até a total perda da capacidade para o trabalho.
Segundo Justine Davies, coautora do estudo e professora do Centro de Saúde Global do King’s College, as complicações decorrentes da doença podem afastar muitos trabalhadores de forma definitiva do ambiente de trabalho.
“O impacto econômico da pessoa em idade produtiva que tem um ataque cardíaco como consequência da diabetes é muito grande”, diz a pesquisadora.
As causas do avanço da doença
O avanço do diabetes no Brasil está diretamente ligado ao aumento da obesidade entre a população. Dados de 2016 do Ministério da Saúde apontam que, em cada 100 brasileiros, 20 podem ser considerados obesos.
Ou seja:
O consumo excessivo de comida pouco saudável, aliado a um ritmo de vida cada vez mais sedentário, são os principais responsáveis não apenas pela epidemia de obesidade que vem atingindo o país.
Esse tipo de comportamento também está intimamente ligado ao aumento dos casos de diabetes.
O que fazer para reduzir os gastos com diabetes
Diante desses números assustadores, a prevenção tem se mostrado a única saída para reduzir o crescimento no número de casos da doença no país.
A melhoria na qualidade dos pacientes depende do investimento dos sistemas público e privado em atividades preventivas e na promoção do diagnóstico precoce do diabetes.
Somente assim será possível reduzir a necessidade de internações, minimizar complicações e reduzir a gravidade de algumas condições médicas comuns aos diabéticos.
As operadoras de saúde devem monitorar e analisar o perfil dos seus beneficiários, de modo a avaliar os diferentes perfis epidemiológicos e planejar as intervenções e ações preventivas necessárias.
Buscar alternativas para reduzir os gastos com diabetes e controlar suas principais complicações é crucial para aumentar a conscientização e permitir o desenvolvimento de estratégias para reduzir sua prevalência e seu impacto.
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