Como diminuir as internações com ações de medicina preventiva
De acordo com estudo publicado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), as despesas com internações foram as principais responsáveis pelo aumento de 19,3% no índice de variação de custos médico-hospitalares (VHCM/IESS) observado no ano passado.
Segundo a pesquisa, as internações pesam mais na composição de custos dos planos de saúde – principalmente devido a despesas com materiais e medicamentos – e respondem sozinhas pelo aumento de 10,7 pontos percentuais no índice VCMH.
O total de internações de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares deve saltar de 8,2 milhões, em 2014, para 10,7 milhões em 2030, o que representa um crescimento de 30,5%, segundo projeção do IESS.
A previsão é de que em 2030 os planos de saúde gastem R$ 260,3 bilhões apenas com internações, um valor 331,7% superior aos R$ 60,3 bilhões gastos em 2014.
“As despesas com internações já respondem pela maior parte dos gastos assistenciais e devem ter sua participação aumentada para quase dois terços do total em 2030, o que evidencia a necessidade de trabalharmos políticas de promoção da saúde”, avalia o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro.
Quando se fala na redução de internações, um cuidado especial deve ser dado às pessoas da terceira idade.
Por conta do envelhecimento da população brasileira, a projeção do IESS para 2030 é de que o total de internações para a faixa etária acima dos 59 anos deve crescer em até 105%.
“Estudos mostram que, em mais de 70% dos casos, conseguiríamos evitar a hospitalização com técnicas simples de cuidado com o idoso enquanto ele está no baixo risco”, diz Martha de Oliveira, diretora-presidente da ANS.
Mensurando o custo de uma internação
Uma internação hospitalar pode ter motivo clínico ou cirúrgico. No primeiro caso, costuma ser indicada para a realização de exames ou tratamentos clínicos não invasivos. No segundo, é condição necessária para a realização e recuperação de cirurgias eletivas ou de emergência.
Levando em consideração fatores como a prescrição terapêutica, o estado de saúde do paciente, o tempo de permanência hospitalar, é possível estimar o custo total de uma internação analisando os seguintes itens:
Diárias: valor total da estadia no hospital, incluindo os serviços de quarto/enfermaria. Varia conforme o padrão das acomodações;
Taxas: são os valores administrativos cobrados para o registro e admissão do paciente. Podem haver taxas sobre o uso de sala cirúrgica ou aluguel de equipamentos médicos;
Honorários médicos: pagamento pelos serviços do médico, que incluem visitas ao leito do paciente, honorários cirúrgicos, de procedimentos clínicos, de parto, entre outros;
Materiais: são diversos tipos de insumos necessários para a internação, de esparadrapo a materiais invasivos para aplicação de medicamentos. Nessa categoria também estão incluídas órteses, próteses e materiais especiais (OPME);
Medicamentos: toda a medicação prescrita para o paciente durante sua internação, de analgésicos a quimioterápicos injetáveis;
Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia (SADT): exames e terapias necessárias durante a internação, como uma tomografia computadorizada ou uma hemodiálise, por exemplo;
Outros: demais itens passíveis de cobrança que não se enquadram nas categorias anteriores.
É importante observar que nem todas as internações contém todos os itens citados acima e o peso de cada um deles na “cesta” de serviços vai variar de acordo com as circunstâncias de cada caso.
Uma peculiaridade a ser observada na gestão destas despesas é que o custo de uma internação não depende apenas da variação de preço dos itens de assistência à saúde, mas também da variação da frequência de utilização desses itens.
Por exemplo, se um procedimento tem seu preço e sua frequência de utilização aumentados, a variação será bem maior do que se esse aumento tivesse ocorrido apenas no preço. Por isso as operadoras devem avaliar e monitorar constantemente estes custos em busca de alternativas para reduzir o valor médio gasto por internação.
Programas de promoção da saúde e prevenção
Dentro do universo de beneficiários de uma operadora, existem duas abordagens possíveis no sentido de diminuir os custos com internações.
Uma delas é organizar programas e ações de medicina preventiva para melhorar os indicadores gerais de saúde e evitar o agravamento de quadros de doenças crônicas.
Em geral estes programas de prevenção envolvem equipes multidisciplinares e promovem atividades gratuitas.
Os beneficiários recebem convites para participar a partir de cartas ou contato telefônico. As atividades são variadas, abrangendo desde palestras, workshops e campanhas de conscientização até grupos de terapia ou eventos ao ar livre.
Os programas podem ser voltados para diferentes faixas etárias ou mesmo para grupos específicos de beneficiários com determinada doença ou considerados parte de grupos de risco de acordo com certar condições, como hipertensão, diabetes ou obesidade, por exemplo. Outras metas dos programas de promoção à saúde são estimular a perda de peso, a prática de atividade física e o abandono do hábito de fumar.
Para otimizar a gestão destas ações, é importante contar com um software especializado para auxiliar na análise dos indicadores de saúde dos beneficiários, na organização de eventos e programas, além de fornecer informações para mensurar os resultados de cada ação.
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